O Poeta e a lua

Bailando no ar gemia, inquieto, o condor.
Pelo doentio possessivo querer de uma lua triste.


Entre brumas, ventos e solidão, desencantada esconde o lume,
Sob a descrença das flores ignora a inspiração e dispensa o
Perfume.

É tanta recusa, que reclusa chora a saudade,
Não se convence em ser dona de tanta claridade,
Sem noção do imortal... Diminui-se massacrada pela vaidade.

Somos imortais, ó lua!
Poesia verdadeira a inspirar a alma nua e crua,
Com aplausos, ou, na obscuridade,
Poetas de verdade!

Inspirados em sentimentos
A eternizar momentos... Amor ou desamor,
Bailando no ar gemia, inquieto, o condor!

Elair Cabral
Imagem Google

 

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