Inocência


Os meus sonhos me levaram docemente, 

Sob o véu de luz serena, linda e mansa, 

A andar pelos caminhos calmamente, 

Resgatando meu carisma de criança. 



Despojei-me dos desejos e loucuras, 

Cachoeiras de sofrer em desalinho, 

Para assim me aconchegar em sãs venturas, 

E cantar com emoção, mas bem baixinho. 



Numa noite sem luar vi as estrelas, 

Descansando tão serenas, tão brejeiras, 

E em segredo começaram sussurrar. 



Cativaram meu coração inocente, 

Que aflorou o meu ser serenamente, 

Fiz-me sonho em doce canção de ninar. 




Elair Cabral




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